Como criar provas e simulados de alto nível

Como criar provas e simulados de alto nível

É preciso ter critérios bem definidos para criar provas e simulados de alto nível. Embora muitas vezes pensemos nas provas e simulados como uma forma de testar a compreensão do conteúdo pelos alunos, tais exames podem servir a um propósito mais abrangente.

Estar ciente do porquê aplicar uma avaliação e o que exatamente se quer testar pode tornar a experiência dos alunos e educadores muito mais útil.

As dicas a seguir devem ser usadas como um guia na elaboração de avaliações, desde o planejamento até a reflexão.

Qual o propósito da prova ou exame que você deseja aplicar?

  1. Avaliar e classificar os alunos: os exames fornecem um ambiente controlado para o trabalho independente e, portanto, são frequentemente usados ​​para verificar o aprendizado dos alunos.

  2. Motivar os alunos a estudarem: os alunos tendem a abrir seus livros com mais frequência quando uma avaliação está chegando. Os exames podem ser grandes motivadores.

  3. Servir de instrumento ao aprendizado do aluno: os exames são uma forma de atividade de aprendizagem. Eles permitem que os alunos vejam o material de uma perspectiva diferente, além de fornecer feedback que os auxiliam a melhorar a compreensão de um tema ou assunto específico.

  4. Identificar os pontos fracos e corrigi-los: os exames ajudam a identificar os tópicos de maior dificuldade. Isso incentiva o aluno a procurar ajuda e auxilia o educador na identificação dos assuntos que exigem maior atenção, permitindo assim a progressão e a melhoria do aprendizado.

  5. Obter feedback sobre o seu ensino: você pode usar provas e simulados para avaliar seu próprio ensino. O desempenho dos alunos identificará áreas de possíveis mudanças em sua abordagem atual.

  6. Fornecer estatísticas para o curso ou instituição: as instituições geralmente querem informações sobre como os alunos estão se saindo. Quantos são aprovados e reprovados, e qual é a média de aproveitamento na sala.

  7. Credenciar e selecionar os mais qualificados: algumas profissões exigem que os colaboradores demonstrem o domínio de certas habilidades e conhecimentos específicos. Uma certificação pode facilitar a seleção dos melhores profissionais. É o caso daquelas relacionadas a software no mercado de tecnologia (AWS, Microsoft, Adobe, Linux e outras), ou ainda das obrigatórias para atuar em um determinado segmento. Um exemplo é o mercado financeiro, que exige do profissional certificações específicas (CPA-10, CPA-20, Ancord e outras).

O que você quer avaliar?

A resposta a esta pergunta está relacionada ao aprendizado do conteúdo abordado. As principais opções a considerar são:

  1. Evolução do conhecimento: o objetivo é avaliar o conhecimento ou a capacidade dos alunos de aplicar o material ensinado em sala de aula.

  2. Processo de aprendizado: você pode testar as habilidades de raciocínio dos alunos, concentrando a atenção no processo utilizado para se chegar a uma solução.

  3. Exposição de ideias: você pode avaliar as habilidades de comunicação dos alunos e sua capacidade de se expressar — seja escrevendo um argumento convincente ou demonstrando um raciocínio lógico de forma elegante.

  4. Pensamento convergente ou divergente: você pode testar a capacidade de seus alunos em tirar uma única conclusão a partir de diferentes entradas (pensamento convergente). Ou, alternativamente, querer que eles apresentem diferentes respostas possíveis (pensamento divergente). Pergunta: você espera respostas diferentes dos alunos ou espera que todos forneçam a mesma resposta?

  5. Padrões absolutos ou relativos: como você deseja medir o sucesso do aluno? Pelo aprendizado de uma determinada quantidade de material ou pela demonstração de certas habilidades? Ou ainda pela avaliação do progresso durante o curso?

Quais são as qualidades de uma boa prova?

  1. Um bom exame dá a todos os estudantes uma oportunidade igual de demonstrar, de maneira plena, sua aprendizagem. Com isso em mente, você deve refletir sobre a natureza e os parâmetros da avaliação. Por exemplo, a prova poderia ser feita em casa? Dois alunos podem conhecer o material igualmente bem, mas um deles pode não ter um bom desempenho sob a pressão de uma situação de teste cronometrado ou em sala de aula.

    Nesse caso, o que você, de fato, deseja avaliar: o quanto cada estudante conhece sobre o tema abordado, ou a habilidade de cada um em fazer uma prova sob pressão? Da mesma forma, pode ser apropriado permitir que os alunos tragam auxiliares de memória para um exame. Novamente, o que você deseja avaliar: a capacidade de memorizar uma fórmula ou a capacidade de usar e aplicar uma fórmula?

  2. Consistência. Se você aplicar o mesmo exame duas vezes para os mesmos alunos, eles devem obter uma nota semelhante a cada vez.

  3. Coerência. Certifique-se de que suas perguntas abordam o que você deseja avaliar.

  4. Expectativas realistas. Seu exame deve conter perguntas que correspondam ao nível médio de habilidade do aluno. Também deve ser possível responder a todas as perguntas no tempo permitido. Para verificar a avaliação, peça a um assistente de ensino para faze-la — se ele não puder completá-la bem abaixo do tempo permitido, o exame precisará ser revisado.

  5. Ofereça várias maneiras de obter a nota máxima. Os exames podem ser formas altamente estressantes e artificiais de demonstrar conhecimento. Em reconhecimento a isso, você pode fornecer perguntas que permitem várias maneiras de obter a nota máxima. Por exemplo, peça aos alunos que listem cinco dos sete benefícios de um determinado tópico.

  6. Livre de preconceito. Seus alunos serão diferentes de várias maneiras, incluindo proficiência no idioma, antecedentes socioeconômicos, deficiências físicas, etc. Ao elaborar um exame, você deve manter as diferenças dos alunos em mente para evitar que a avaliação crie obstáculos para alguns deles. Por exemplo, o uso de linguagem coloquial pode criar dificuldades para alunos cuja primeira língua não é o inglês. Ou então, frases do cotidiano que são de fácil compreensão por nativos na língua podem ser inacessíveis para estudantes internacionais.

  7. Exigente. Um exame que é muito fácil não mede com precisão a compreensão dos alunos sobre o material.

  8. Critérios de avaliação transparentes. Os alunos devem saber o que se espera deles. Eles devem ser capazes de identificar as características de uma resposta satisfatória e entender a importância relativa dessas características. Isso pode ser alcançado de muitas maneiras; você pode fornecer feedback sobre tarefas, descrever suas expectativas em sala de aula ou postar soluções para algumas situações-problema.

  9. Oportuno. Espalhe os exames ao longo do semestre. Dar dois exames com uma semana de intervalo não oferece aos alunos tempo suficiente para receber e responder ao feedback fornecido pela primeira prova. Quando possível, planeje as avaliações para se adequarem de maneira lógica ao fluxo do material do curso. Pode ser útil aplicar testes no final de cada tema relevante, em vez de simplesmente aplicar uma única prova no meio do semestre.

  10. Resgatável. Um exame não precisa ser a única oportunidade de obter notas. Tarefas e atividades intermediárias permitem que os alunos se adaptem às suas expectativas.

  11. Acessível. Para alunos com deficiência, os exames devem ser passíveis de tecnologias adaptativas, como leitores de tela ou ampliadores de tela. Exames com conteúdo visual, como gráficos, mapas e ilustrações, podem precisar de recursos específicos fornecidos por Serviços de Acessibilidade.

  12. Utilize abordagens diferentes nas perguntas. fazer ou responder perguntas são partes importantes de uma aprendizagem e de um ensino eficaz. A abordagem que você faz deve capturar a atenção dos alunos, despertar sua curiosidade, reforçar pontos-chave e incentivar o aprendizado ativo. Aqui está uma lista de abordagens com base nos seis níveis cognitivos de Benjamin Bloom:
    • Conhecimento (identificação e recuperação de informações): “Quem, o quê, quando, onde, como”, “Descrever …”.
    • Compreensão (organização e seleção de fatos e ideias): “Recontar…”, “Resumir…”.
    • Aplicação (uso de fatos, regras e princípios): “Como é… um exemplo de…?”, “Como… está relacionado a…?”, “Por que é… significativo?”
    • Análise (separação de um todo em partes componentes): “Quais são as partes ou características de …?”, “Classificar… de acordo com…”, “Esboço/diagrama…”, “Como … se compara/contrasta com …?”, “Que evidências você pode listar para …?”
    • Síntese (combinação de ideias para formar um novo todo): “O que você preveria/inferiria de…?”, “Que ideias você pode adicionar a…?”, “Como você criaria/projetaria um novo…?”, “O que pode acontecer se você combinar …?”, “Que soluções você sugeriria para…?”
    • Avaliação (desenvolvimento de opiniões, julgamentos ou decisões): “Você concorda …?”, “O que você pensa sobre …?”, “Qual é o mais importante…?”, “Coloque o seguinte em ordem de prioridade…”, “Como você decidiria sobre…?”, “Que critérios você usaria para avaliar …?”

Este post foi traduzido e adaptado a partir do artigo Preparing Tests and Exams. Centre for Teaching Excellence, University of Waterloo.

Nossas considerações

Trouxemos neste post dicas valiosas para você planejar suas próximas avaliações. Outro ponto importante é considerar o uso de uma ferramenta que ofereça recursos úteis para a elaboração e aplicação de provas e simulados. Boas plataformas permitem economizar muito tempo ao eliminar tarefas repetitivas, além de fornecerem alta disponibilidade de acesso em um ambiente seguro e confiável.

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