A educação do futuro já chegou! As mudanças que a tecnologia proporciona à educação são destacáveis e revolucionárias. Não estamos falando de futuro, mas de uma transformação presenciada por professores e alunos nos dias atuais.
Com o número crescente de adeptos às ferramentas tecnológicas, é preciso buscar as melhores formas de inserir a tecnologia na rotina educacional. É bom que se diga que a sua pura e simples adoção, seja ela qual for, não é garantia de sucesso. É importante que a escolha seja bem fundamentada por critérios objetivos. Após sua adoção, o educador deve ser apresentado corretamente aos novos recursos por meio de treinamento adequado e conscientização dos ganhos que a nova tecnologia irá agregar em sua rotina.
Futuro da educação: a tecnologia como aliada
O primeiro passo é definir muito bem os processos e os papéis de cada membro da equipe. Somente após alcançar a maturidade nos processos e saber com clareza qual a responsabilidade de cada um é que será possível ganhar performance e automatizar tarefas com a adoção da tecnologia.
Uma das principais preocupações com a tecnologia no ambiente escolar está na capacidade de dispersão. No entanto, com o seu uso crescente no processo educacional, descobriu-se o poder de acessibilidade, autonomia e recursos para aulas mais dinâmicas. Durante a pandemia da COVID-19 a educação experimentou um salto na digitalização, o que acabou por trazer ganhos permanentes. Foi uma grande mudança de paradigma para estudantes, educadores e instituições de ensino.
Assim, a principal tendência está em vê-la como uma aliada, seja na sala de aula ou em cursos disponíveis em plataformas digitais. Outro ganho importante são os preços mais acessíveis, independentemente da localização do estudante.
Do mesmo modo, veremos metodologias mais ativas que tira o aluno da posição passiva e proporciona a esse aluno maior autonomia, além de responsabilidade e participação. As aulas práticas e antecipação digital do material a ser estudado agregam muitos benefícios ao estudante.
As novas tecnologias podem facilitar as oportunidades de ensino continuado, auxiliando estudantes que trabalham e precisam de atualização constante no mercado. As aulas à distância são um fator que amplia as oportunidades direcionadas aos professores.
Aos docentes, novas habilidades são requeridas, além da necessidade de estarem atentos a metodologias e conhecimentos de vanguarda. Trata-se de uma nova escola e um novo perfil de alunos, mas que abre grandes oportunidades para atuação. O que até pouco tempo atrás era visto como Educação do Futuro, hoje já é a realidade.
Como motivar os alunos?
É primordial que o corpo docente identifique quais desafios devem ser superados. Fazer uma análise das oportunidades a serem aplicadas dentro do espaço físico escolar é algo que pode ser amplamente explorado.
Outro ponto é verificar a adoção de tecnologias no modelo presencial e como aplicá-la. É o caso de projetores, computadores individuais, tablets, plataformas digitais de avaliação ou qualquer outra que traga maior facilidade de acesso ao conteúdo. Quando distribuído e acessível em diferentes dispositivos, esse formato torna o aprendizado mais dinâmico para uma geração que já nasce inserida no meio digital.
Com a intenção de motivar os alunos, também é possível pensar em novas formas de avaliação capazes de oferecer feedback e análise posterior.
O importante é fazer o bom uso da internet, aproveitando de forma estratégica o mundo de possibilidades que ela oferece. Como exemplo, podemos citar o estímulo à comunicação entre os alunos, tanto internamente quanto com outras instituições. O uso de redes sociais, blogs, fóruns e demais canais digitais devem ocorrer de maneira organizada e monitorada pela comunidade escolar (o monitoramento é de suma importância).
A publicação ou apresentação de trabalhos, seja na sala de aula ou em eventos com estudantes de diversas partes do país é outra forma de estimular o aprendizado. Essa prática ajuda a promover a troca de vivência e experiência entre os estudantes.
Como motivar os professores?
O uso de novas tecnologias no ambiente educacional pode ser revolucionário também para os docentes. No entanto, deve ser pensado de forma estratégica, para que não seja imposto aos profissionais uma sobrecarga de trabalho, o que acaba prejudicando sua atuação.
Por isso, pode ser interessante ter no quadro da instituição um coordenador tecnológico. Este é o papel da pessoa que faz a ponte entre a tecnologia da informação e o ensino, atuando como facilitadora e viabilizando o aproveitamento das oportunidades.
Outra opção para incentivar os educadores é a oferta de treinamentos e recursos que auxiliam no trabalho diário. É o caso das ferramentas que potencializam e facilitam o dia a dia de forma clara e objetiva.
O trabalho do educador se estende para além da aula e passa pela preparação de conteúdo, avaliações, reuniões e correção de atividades. Por isso, para incentivá-los é preciso que a tecnologia seja um veículo facilitador, e não apenas mais uma responsabilidade a se preocupar.
A adoção e uso de aplicativos, softwares, simulados online ou mesmo plataformas digitais são excelentes opções. São recursos que facilitam o processo de criação, auxiliam na correção e aplicação de provas e otimizam a análise dos dados.
Em síntese, a tecnologia somente agrega valor se utilizada na medida certa. Por isso, reforçar e estimular seu uso, de maneira orientada e coordenada, é fundamental para melhorar a performance no ambiente educacional.
Diálogo sobre Educação do Futuro e o benefício da tecnologia
Um dos principais benefícios em usar tecnologia está no fato de conseguir dialogar com uma geração que já nasceu inserida no meio tecnológico digital. Trata-se de um ambiente que atrai a atenção para o conteúdo que está sendo ensinado e possibilita o compartilhamento de informações.
Afinal, uma das características das novas gerações é a interatividade. Não estamos lidando com estudantes passivos, mas que estão acostumados com o constante produzir que as redes sociais e as plataformas digitais possibilitam.
Com o uso estratégico da tecnologia, os estudantes e professores são motivados a criar. Os educadores passam a ter mais ajuda na execução de suas tarefas, conseguem reter de maneira eficaz a atenção dos alunos e, consequentemente, qualificam melhor o seu tempo.
Nesse ambiente, os estudantes podem se sentir mais estimulados, adotando uma postura mais dinâmica e participativa dentro e fora da sala de aula.
O caminho é longo quando a transformação digital ainda não é realidade em nosso ambiente, mas para dar o primeiro passo não precisa ser complicado e nem demorado.
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Patrícia é graduada em Psicologia pela UEL, com licenciatura em Pedagogia e especialização em educação bilíngue.
